terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O triangulo amoroso entre : Pierrot,Arlequim e a Colombina

Eles nasceram no estilo teatral chamado Commedia dell’Arte, um estilo popular criado na Itália do século XVI, para entreter o povo principalmente na época do carnaval. Até hoje, o carnaval italiano (leia-se ‘de Veneza’) é caracterizado por ser um momento em que pode-se fazer o que quiser, pois se está mascarado ou fantasiado. Por isso que as máscaras de Veneza até hoje são um símbolo da cidade.
Voltando a nossa história, a “Commedia” fazia uma crítica da sociedade da época, cheia de sátiras e caricaturas, e no meio disso estava o trio de personagens.
Pierrot e Colombina cresceram juntos, sendo que ele sempre a amou, sem ela saber. Adultos, foram trabalhar para o rico Pantaleão, um velho avarento e tirano. Nesse momento, aparece Arlequim, um rapaz esperto, ágil e com uma certa malandragem, o que logo roubou o coração de Colombina.
Ambos fugiram, deixando o pobre Pierrot chorando (como diz a música…). Felizmente, Colombina encontrou, entre seus pertences, uma carta de amor e também de despedida, escrita por Pierrot, onde ele lhe revelava todo seu sentimento. Isso foi o bastante para fazer Colombina voltar e se casar com Pierrot, que voltou a sorrir.
É uma história simples, mas para a época era um divertimento, pois durante a encenação, feita em plena rua, havia muito improviso e muitos imprevistos. Durante o intervalo da peça, havia um momento em que qualquer um da platéia podia subir ao palco para se apresentar, encenar, fazer alguma acrobacia ou simplesmente contar piadas. Depois disso, o teatro voltava ao normal e a história continuava.
Era um carnaval diferente, claro. Mas uma forma válida de diversão, condizente com a época. Até hoje, os “fantasmas” de Pierrot, Colombina e Arlequim estão presentes no carnaval, seja em letras de músicas, em fantasias estilizadas ou na lembrança dos mais velhos de seus grandes bailes de salão.

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