quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Minha Crônica

Lá estava eu, sentado na areia da praia sentindo aquela calmaria de tarde quando de repente me bate aquela nostalgia que levava-me a infância maravilhosa onde tudo era perfeito e que minha única preocupação era se iria ou não chover no outro dia para eu poder saber se minhas brincadeiras no quintal estariam arruinadas.Não que eu não gostasse dos dia de chuva (esses eram maravilhosos).Somente nos dias de chuva é que podíamos sentir o cheirinho de terra molhada e ficar deitado na cama sem fazer nada ,somente ouvindo o barulho da chuva sobre o telhado.
No quintal que a brincadeira começava. Fazíamos de tudo e a imaginação corria solta,sim é claro se o leitor pensou que eu tive uma infância solitária ,está completamente enganado. Minha infância foi repleta de crianças ao meu redor, como tenho vários tios muitos primos também.Tudo era assim em família.
Quando me dou conta já está para anoitecer aí viro para o lado e me deparo com um pai pescando junto à seu filho e lhe dando instruções de como pegar um peixe grande.
Aquilo de algum modo mexeu comigo profundamente.Sentia-me por parte um tanto egoísta e ao mesmo tempo só, e isso porque não tive filho algum  e não poderei acompanhá-lo a uma infância inexistente já que meu filho nunca existiu.Mas deixando meu instinto paternal um pouco de lado e colocando meu raciocínio prático e sensato em movimento, digo que valeu ser quem fui quando pequeno,vale mais ainda ser hoje o que sou,sinto-me inteiramente realizado.
Saí dali já era noite,e a única coisa que ali permanecia era o silêncio.Levantei-me e fui caminhando para a casa com a sensação de alívio por perceber que aquela criança que eu teria sido há muito tempo não tinha se apagado por inteiro e que eu ainda a guardava um pouco comigo.


 "(...)eu jogo charme
alguém me vê
nada acontece, não sei porque
se eu não perdi nenhum detalhe
onde foi que eu errei?"


                                                                                            

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Queria ser como o vento,passar por tudo e por todos,não ser visto,apenas sentido,assim não seria criticado pela aparênica,ou por falares,poderia ser mencionado pelas tempestades ou simplemente pela brisa que ele nos faz sentir"
Vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração.....


O triangulo amoroso entre : Pierrot,Arlequim e a Colombina

Eles nasceram no estilo teatral chamado Commedia dell’Arte, um estilo popular criado na Itália do século XVI, para entreter o povo principalmente na época do carnaval. Até hoje, o carnaval italiano (leia-se ‘de Veneza’) é caracterizado por ser um momento em que pode-se fazer o que quiser, pois se está mascarado ou fantasiado. Por isso que as máscaras de Veneza até hoje são um símbolo da cidade.
Voltando a nossa história, a “Commedia” fazia uma crítica da sociedade da época, cheia de sátiras e caricaturas, e no meio disso estava o trio de personagens.
Pierrot e Colombina cresceram juntos, sendo que ele sempre a amou, sem ela saber. Adultos, foram trabalhar para o rico Pantaleão, um velho avarento e tirano. Nesse momento, aparece Arlequim, um rapaz esperto, ágil e com uma certa malandragem, o que logo roubou o coração de Colombina.
Ambos fugiram, deixando o pobre Pierrot chorando (como diz a música…). Felizmente, Colombina encontrou, entre seus pertences, uma carta de amor e também de despedida, escrita por Pierrot, onde ele lhe revelava todo seu sentimento. Isso foi o bastante para fazer Colombina voltar e se casar com Pierrot, que voltou a sorrir.
É uma história simples, mas para a época era um divertimento, pois durante a encenação, feita em plena rua, havia muito improviso e muitos imprevistos. Durante o intervalo da peça, havia um momento em que qualquer um da platéia podia subir ao palco para se apresentar, encenar, fazer alguma acrobacia ou simplesmente contar piadas. Depois disso, o teatro voltava ao normal e a história continuava.
Era um carnaval diferente, claro. Mas uma forma válida de diversão, condizente com a época. Até hoje, os “fantasmas” de Pierrot, Colombina e Arlequim estão presentes no carnaval, seja em letras de músicas, em fantasias estilizadas ou na lembrança dos mais velhos de seus grandes bailes de salão.
                                     "O Pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina..."

..e se vai continuar enrustido com essa cara de marido, a moça é capaz de se aborrecer... Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


{} quanto mais eu leio poetas-foda, mais sem-graça considero minhas sensibilidades e sentimentalidades compartilhadas na folha de um papel para a posteridade.